Terça-feira, 14 de Janeiro de 2014

Memórias de uma escola na vida

Escrevi este texto em honra de um colégio que muito continua a ensinar aos pequenos da Madeira. 

 

 

Breve crónica sobre o Colégio do Infante

 

Mais de meio século a marcar a educação na Região

 

Haverá honraria que corporize o contributo do Colégio do Infante para a educação e formação de muitos jovens madeirenses?

 

Em 2013, faz 55 anos que o Colégio saltou da Quinta Favilla, na avenida do Funchal que lhe havia de dar o nome, para o Grande Hotel Belmonte, situado na Sintra da Madeira.

 

A mística que envolve esta instituição é pessoal e intransmissível. Razão porque o tempo pode pouco contra as histórias e memórias da infância no Colégio. E esta é a minha pequena homenagem.

 

Ser do Colégio do Infante é pertencer a uma família, a um ícone, a um enorme quadro de imagens para vida. O recreio no Colégio do Infante era uma aventura constante, entre correrias sem nexo ou batalhas organizadas entre bons e maus. O recreio vivia-se entre lagos com patos, riachos e cascatas a alimentar os jardins, sobre as pontes pintadas de verde arbusto e as bolotas caídas no chão.

 

Estudar no Infante foi – e é ainda – uma constante lição de vida, porque ali vive-se a escola para além da escola...

O sabor do cinema nasceu nas sextas-feiras, no pavilhão do Colégio, quando assistimos aos velhinhos filmes do Chaplin ou do Herbie, passados pelas bobinas colocadas pelo padre Mário Casagrande, um dos homens que marcou o crescimento do Colégio do Infante e mais tarde o da APEL.  Quantos se lembrarão do padre Ângelo, do paciente padre Batista e do irmão Luís, este último, impulsionador de um dos ex-libris do Colégio: o andebol!

 

Aliás, no Infante, este desporto tornou-se num dos fios condutores da relação entre o passado e o presente, como são também os professores que foram alunos da professora Celeste ou da professora Fernanda, aquela senhora que era dona de uma reputação difícil e de uma enorme régua de madeira.

 

As fotos que nos fazem regressar ao passado, agora espalhadas pelas redes sociais, relevam o Belmonte rodeado de camélias mas não falam dos carris do Caminho do Comboio, curvados pela segredo da idade por terem feito história, secretos porque tapados por erva da altura dos pequenos alunos e escondidos entre a estrada de basalto mal amanhada e esquecida.

           

A casa de chá no canto do hotel, as fotos de família espalhadas pelos corredores do Colégio, o castelo da actual Fundação Berardo, perdido entre uma floresta de mato e árvores portentosas, tantas vezes palco de aventuras desmedidas, eram iguais peças do puzzle que ajudou a construir gerações de alunos e de pessoas, certamente com outras lembranças e sublinhados a registar.

 

Cumprido meio século, a congregação Dehoniana tem levado este projecto educacional muito longe, acompanhada pela comunidade e pelo corpo docente, empenho corporizado nos projectos desenvolvidos pela Associação de Pais que arvora o lema: “Família unida, para um futuro com esperança”.

 

Agradeço ao Diário a oportunidade para dizer que os bons projectos educacionais merecem ser valorizados e o exemplo dos muitos que passaram pelo Infante é a melhor prova disso. Todos os anos, esta mística é celebrada no dia 8 de Dezembro, no Colégio.

 

Marco P. Freitas

Ex-aluno do Colégio do Infante

 

 

publicado por Marco Freitas às 14:22
link do post | comentar | favorito
Segunda-feira, 21 de Outubro de 2013

Sobre as nossas poss...

Eu diria que somos uma sociedade com medo de comunicar... Ficamos expostos, saímos da zona de conforto, criamos espaços...

Ler artigo
publicado por Marco Freitas às 10:54
link do post | comentar | favorito
Terça-feira, 23 de Abril de 2013

Requiem pelo 25 de Ab...

Em tempos, 25 de Abril de 1997, escrevi isto: " Bocas amordaçadas, silêncio tímido e secreto, mãos prisioneiras, sentime...

Ler artigo
publicado por Marco Freitas às 15:00
link do post | comentar | favorito
Sexta-feira, 15 de Março de 2013

O impulso

O impulso será a manifestação mais pura do pensamento e da vontade, quiçá conjugando humanidade com racionalidade...

Ler artigo
publicado por Marco Freitas às 14:32
link do post | comentar | favorito
Quinta-feira, 10 de Janeiro de 2013

Espelhos da humanidade

Enquanto não nos apercebermos que os outros é que são os nossos verdadeiros espelhos,mais reais do que a reprodução de...

Ler artigo
publicado por Marco Freitas às 14:41
link do post | comentar | favorito
Quinta-feira, 27 de Dezembro de 2012

A cumplicidade perdid...

A expressão daquilo que somos carece de espelhos.Somos o que desejamos e desejamos o que não somos.Como consequência ou...

Ler artigo
publicado por Marco Freitas às 18:05
link do post | comentar | favorito
Quarta-feira, 28 de Novembro de 2012

Ilha das Gaivotas

Aqui vive a cidade das gaivotasO mar de sonhos entregue ao passar do tempoO sabor a sal que pula das ondas para as raj...

Ler artigo
publicado por Marco Freitas às 10:41
link do post | comentar | favorito

.mais sobre mim

.pesquisar

 

.Janeiro 2014

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

.posts recentes

. Memórias de uma escola na...

. Sobre as nossas possívei...

. Requiem pelo 25 de Abril

. O impulso

. Espelhos da humanidade

. A cumplicidade perdida no...

. Ilha das Gaivotas

. O escrutínio: quem pode, ...

. Entre os segredos e o ris...

. Chamei-te simplesmente Br...

.arquivos

. Janeiro 2014

. Outubro 2013

. Abril 2013

. Março 2013

. Janeiro 2013

. Dezembro 2012

. Novembro 2012

. Julho 2012

. Outubro 2011

. Maio 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Novembro 2010

. Junho 2010

. Janeiro 2010

. Outubro 2009

.tags

. todas as tags

blogs SAPO

.subscrever feeds

Em destaque no SAPO Blogs
pub