Em tempos, 25 de Abril de 1997, escrevi isto:
" Bocas amordaçadas, silêncio tímido e secreto, mãos prisioneiras, sentimentos e vontades reprimidas porque alguém assim o queria. Cumpriam-se ordens e guerras longínquas. As flores, as canções, os sonhos murcharam ao passar do tempo. Mas o cravo, qual erva daninha no jardim ditatorial, invadiu as ruas e ergeu bem alto as vozes escondidas.
De espingardas em punho, rua fora e armados atá aos dentes com sonhos de liberdade, soldados e gentes soltaram um país. O nosso. Uma gaivota voou para dizer a todos que eram livres de voar. E o tempo mergulhou nas asas do esquecimento.
Quiseram fazer da revolução uma memória eterna. Quiseram perpetuar os heróis da Pátria, ergueram monumentos, celebraram datas e ofereceram honrarias. Mas a liberdade já não é necessária. É uma certeza. Viver agrilhoado fez parte de um passado agora entregue ao pó dos livros. De passagem - uma vez por ano - a liberdade merece as luzes da ribalta. De passagem... Não é preciso mais. Perguntem aos filhos dos pais que têm professores que deviam ensinar história, a nossa história. O que é o 25 de Abril? Uma data, um feriado, provavelmente uma revolução, a força da liberdade oprimida...
Adeus cravos, adeus revolução, até ao próximo anos. Se Deus quiser...
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