Nas palmas da mão encontrei um segredo. Afinal, há caminhos diferentes que nos levam a mundos diferentes. Por infortúnio ou felicidade, a verdade é que terminam sempre da mesma maneira, com sorrisos ou com lágrimas.
Descobri também nas palmas das mãos que se lançarmos o olhar no vazio e na balbúrdia da mesquinhez perdemos a beleza da vida, o brilho de cada raio de sonho que nos é oferecido.
Quase descobri, nas palmas da mão, que existem anjos por aí para quebrar o vício de alimentar a desilusão e de recusar a felicidade.
O que eu sei, sem dúvida, porque as minhas mãos me disseram, é que vivemos num mundo calculista e retorcido, num canto onde tudo se começa a perder e poucos lutam por significados. Sei, porque me disseram as palmas da mão, que vivemos de insignificâncias.
Neste mundo onde eu vivo, as oportunidades de agarrar a esperança e a mudança são escassas. Perdermos a viagem que nos leva aos mundos dos sorrisos é uma atrocidade.
Nas palmas das mãos está tudo lá... Porque não conseguimos ouvir o que dizem?
Marco Freitas